O Governo do Maranhão, por meio da
Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged/MA), realizou, de 22 a 24
de novembro, na Universidade Estadual do Maranhão, o ‘1º curso de coleta
e Remessa de material biológico para laboratório’, que capacitou mais
de 30 veterinários e técnicos em fiscalização agropecuária para atuar na
vigilância e prevenção de doenças das aves e dos suínos.
O curso foi a primeira ação prevista
pelo Plano de Capacitação Técnica e Educação Sanitária Continuada para
Produtores Avícolas realizado pela Aged e financiado pelo Fundo
Maranhense de Combate à Pobreza (Fumacop). Durante os três dias de aulas
teóricas e práticas, os participantes foram treinados para aplicar
procedimentos de coleta e remessa de materiais biológicos para
confirmação de suspeitas clínicas de doenças das aves, como Newscastle,
Influenza Aviária; Salmonelose e Micoplasmose.
“Com este curso, estamos fazendo a
atualização dos procedimentos do Programa Nacional de Sanidade Avícola
(PNSA). Muitos desses técnicos reclamavam da carência dessas
atualizações, uma vez que os cursos anteriores tinham sido mais voltados
para pessoas que já trabalhavam com a avicultura. Este curso envolveu
mais técnicos e médicos veterinários que, a partir de agora, poderão
atuar em ações de vigilância nos seus municípios”, explicou a
responsável pelo PNSA na Aged, Daniela Póvoas.
Nas aulas teóricas sobre aves,
enfatizou-se a certificação das granjas e acompanhamento de lotes de
aves como uma forma de garantir alimento seguro para a população. O
presidente da Associação de Avicultores do Maranhão (Avima), José
Augusto Monteiro, participou do evento com a palestra Biosseguridade de
estabelecimentos avícolas comerciais de corte e postura.
“No Maranhão, infelizmente, o frango
ainda é vendido vivo ou é abatido em feiras sem a inspeção oficial. Para
mudar isso, é preciso incentivo às empresas e ações de educação
sanitária à população. Hoje, existe uma preocupação do setor. Este
evento foi uma oportunidade que a Avima teve de trazer para a Aged tudo
aquilo que estamos fazendo para regulamentar essa cadeia”, defendeu
Augusto.
A programação do curso também incluiu
conteúdo voltado para a sanidade dos suínos. “Este curso serviu como um
preparatório para a mudança de status sanitário do estado para área
livre de Peste Suína Clássica, que está prevista para o final de 2017. É
uma capacitação necessária para que possamos executar a vigilância
sanitária, conquistar e manter um status positivo”, esclareceu a
responsável pelo Programa Nacional de Sanidade dos Suídeos (PNSS) na
Aged, Teresinha de Lisieux Castro.